Qual a diferença entre Fies, SiSU e ProUni?
Postado 20 de janeiro de 2022
Em algum momento da sua preparação para o vestibular, você já deve ter ouvido falar do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) e do Programa Universidade para Todos (ProUni) e ficou em dúvida sobre as diferenças entre eles. Temos uma boa notícia, esse texto lhe ajudará a compreender cada um dos programas e esclarecer qualquer dúvida que esteja presente por aí.
Mas, antes de deixarmos claras as diferenças, é importante que você entenda as semelhanças que os três partilham:
Bom, deu para perceber que, devido às semelhanças, faz sentido ficar confuso quando esses processos seletivos se tornam assunto. E as diferenças você deve estar se perguntando? Isso ficará bem mais fácil de compreender nas comparações que faremos a seguir. Além de entender, os próximos tópicos lhe permitirão descobrir a sua melhor opção. Acompanhe!
Qual é o melhor: ProUni ou Fies?
Tanto o ProUni quanto o Fies podem ser considerados um tipo de financiamento educacional. Isso significa que encontramos mais uma semelhança entre eles, porém preste atenção, um proporciona descontos percentuais nos valores das mensalidades de faculdades particulares e o outro funciona como um empréstimo do qual são gerados juros, que serão pagos pelo estudante durante toda a graduação e por 18 meses depois de formado. O valor da mensalidade de fato só começará a ser quitado passado esse tempo. Todas as condições são pré-determinadas em contrato.
Então, vamos entender como cada um deles funciona?
O ProUni tem como premissa em seu financiamento educacional proporcionar descontos parciais (50%) ou integrais (100%) na mensalidade que o estudante, que não possui diploma de graduação, pagaria em determinada instituição de ensino superior. Há um critério de renda familiar bruta mensal para concorrer às bolsas de estudos:
- se a bolsa for integral, é preciso comprovar que o rendimento financeiro de cada integrante da família não ultrapassa o valor de 1,5 salário-mínimo;
- caso seja parcial: são contemplados os candidatos que comprovem que a renda da família não ultrapassa 3 salários-mínimos por pessoa.
Uma informação recente sobre esse programa é que, até a edição de 2021, poderiam se inscrever para concorrer a bolsas pelo ProUni apenas estudantes que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas ou que estudaram em colégios particulares com bolsa integral da própria instituição. Entretanto, em dezembro de 2021, o presidente Jair Bolsonaro (PL) editou a Medida Provisória (MP) nº 1.075, a qual permite que estudantes da rede privada de ensino possam se inscrever para concorrer às bolsas do programa, independentemente de terem cursado o ensino médio como bolsista. Esse critério já era estabelecido para estudantes com deficiência, para eles, bastava a comprovação da renda familiar.
O Fies é uma outra modalidade de financiamento educacional, por meio dele o Governo custeará a mensalidade do estudante durante o período de graduação, mas o aluno ficará responsável por pagar os juros do financiamento, em boletos trimestrais. Ao término do curso, espera-se 1 ano e meio para que a dívida comece a ser paga, ou seja, as mensalidades que foram custeadas pelo Governo, devem ter o valor devolvido de maneira parcelada. Esse pagamento não começa logo que a formatura ocorre, porque há a intenção de esperar o profissional se estabelecer no mercado de trabalho para que pague os valores com mais tranquilidade. Para a seleção Fies, também há condições em relação à renda bruta familiar para que o estudante seja contemplado:
Para se candidatar ao ProUni é necessário ter realizado a última edição do Enem, já para o Fies e para o ProUni remanescente podem se candidatar indivíduos que tenham realizado o Enem a partir de 2010. Para as duas inscrições, a pessoa precisa ter atingido no mínimo 450 pontos por meio das questões objetivas e não tenham zerado a redação.
Agora, respondendo à pergunta: qual dos dois é melhor? Isso vai depender muito do seu perfil e das condições financeiras que possui, as duas opções são caminhos válidos caso escolha uma faculdade que seja participante de uma ou das duas modalidades de financiamento e precise desse apoio para conseguir realizar o sonho de cursar o ensino superior.
Depois dessa comparação, você já sabe as suas possibilidades, que permitem algum auxílio governamental. Quer saber se a inscrição no SiSU atrapalhará concorrer a bolsas no ProUni ou financiar seu curso com o Fies? Continue a leitura!
Pode se inscrever no ProUni e no SiSU ao mesmo tempo?
Dependendo do curso ou da instituição escolhida, nem sempre o estudante entrará na lista de classificados para as vagas disponíveis pelo SiSU. Assim, muitos pensam em tentar uma bolsa pelo ProUni, mas não sabem que não precisam se preocupar em escolher entre se inscrever no ProUni ou no SiSU.
No começo deste texto, falamos que “As suas inscrições são estabelecidas a partir de uma sequência lógica que leva em consideração a divulgação dos resultados do processo anterior para iniciar o próximo.”, isso quer dizer que os cronogramas desses processos seletivos são organizados de maneira que os candidatos possam aumentar as suas chances de ingresso na graduação. Entenda:
- No primeiro momento, ocorre o SiSU, apenas, quando finalizado todo o processo — já foi feita a chamada regular e a da lista de espera SiSU —, começam as inscrições para o próximo programa.
- No segundo, quem fez a última edição do Enem e cumpre os requisitos exigidos pode se candidatar às bolsas parciais ou integrais em diversas faculdades da rede privada de ensino.
- No terceiro, caso o indivíduo não tenha sido contemplado nos outros processos, pode dar entrada para a seleção Fies.
Portanto, se você se inscrever no SiSU, poderá sim se candidatar ao ProUni. Se depois dos dois processos ainda não foi contemplado com uma vaga em um curso superior, há a seleção Fies para lhe ajudar. Então, não desanime e use todas as chances disponíveis para realizar o seu objetivo.
Até mais!